Busca

Siga-nos

sexta-feira, 13 de maio de 2016

NÃO É POR ACASO QUE CASUALIDADE E CAUSALIDADE SÃO PALAVRAS TÃO PARECIDAS

Transcrevo, abaixo, uma crônica bem interessante e inusitada do Pe. Jose Antonio Fortea, exorcista da Arquidiocese de Madri, na Espanha.


Ontem caiu um pacote de iogurte natural da esteira do caixa do supermercado. Os iogurtes caíram quando a moça do caixa apertou o botão para que as mercadorias avançassem na esteira. A culpa foi da cliente, de meia idade, que não tinha grandes conhecimentos de arquitetura nem certo senso comum para saber a quantidade de caixas que poderia ser empilhada.

Desafortunadamente, os iogurtes caíram de uma forma muito concreta que fez com que eles se abrissem. Normalmente não se abrem. Se amassam, mas não na se abrem. Mas, desta vez, sim. Eu, neste exato momento, estava agachado desenganchando uma cesta de compras que estava dentro de outra. Os iogurtes salpicaram em toda perna da minha calça, chegando as manchas brancas até minha camisa.

O iogurte era natural. As manchas brancas sobre minha batina preta não deixavam de ter uma certa beleza por conta do contraste. Por mais que me dessem primeiro papel para me limpar e depois lenços umedecidos, ainda continuei sujo. Não apenas estava manchado, mas que, além disso, me sentia sujo.


Eu que havia sido testemunha daquela cena, ainda não podia encontrar ninguém para pôr a culpa. Apenas cabia a mim culpar o azar ou a uma conjunção premeditada de causalidades baseada na existência de um Motor Imóvel. A partir de uma visão neoplatônica do acontecido, tudo era pura aparência. Vistas deste âmbito supralunar das almas das esferas, essas manchas tinham pouca entidade. Mas aquelas condenadas manchas resistiam, apesar das atenções das operadoras de caixa com suas toalhinhas.

Fonte: http://blogdelpadrefortea.blogspot.com.br/2016/05/no-fue-el-azar-el-que-hizo-que.html

Nenhum comentário: