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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Como falar com vizinho sobre barulho polidamente (ou uma última tentativa de sossego)

Prezado vizinho de cima,

Sou seu vizinho de baixo e tomo a liberdade de me utilizar deste meio para me comunicar com o senhor, uma vez que outras tratativas não surtiram efeito. Espero não ser inconveniente nem molesto com essa letra, mas gostaria de apresentar ao senhor uma questão que está ao seu alcance ser sanada. Sabemos que a vida em condomínio é também uma vida comunitária e que a sadia convivência é algo muito importante a ser buscado neste ambiente. Com este objetivo, trago até o senhor uma situação que sei que podemos contar com sua compreensão e resolução.

Acredito que, mesmo sem o senhor perceber ou por querer, tem produzindo sons e ruídos que acabam por gerar um certo incômodo nesta unidade logo abaixo da sua. E por isso venho solicitar ao senhor a compreensão desta situação e a solução de tal produção ruidosa. É notório que estas construções de hoje apresentam estruturas muito estreitas que não inibem devidamente a emissão de sons para as unidades próximas mais imediatas. No entanto, embora não tenhamos poder sobre a edificação, existem medidas que as boas maneiras e o desejo de uma convivência respeitosa podem nos ajudar a minimizar estes estrépitos e é a elas que recorro nesta circunstância.

Posta tal questão, sei que não será olvidada de sua parte a existência de moradores abaixo de sua unidade, particularmente, quando utilizar sapatos para circular pelo apartamento. O mesmo quando os sons produzidos forem o de móveis sendo arrastados (ao menos é o que nos parece daqui debaixo), ou sons de armador ou outros afins. Em especial, porque, boa parte desta produção, se dá nas noites e madrugadas, o que compromete em muito nosso sossego devido. Sobretudo, porque tais eventos são percebidos, em geral, às 22hs, meia-noite, uma, duas e até mesmo às quatro da manhã, cotidianamente.

Sabe-se que algumas medidas muito simples podem ser adotadas a fim de dirimir a transmissão destes sons, por exemplo, o uso de tapetes, adesivos felpudos sob dos móveis, aplicação de óleo no armador da rede e o não uso de calçado para transitar pelo apartamento, além do cuidado para com a observação dos horários. Tenho convicção de que esses incômodos foram gerados sem a sua ciência, vontade e propósito, por isso tomei a liberdade de fazer esta manifestação cortês, pois sei que podemos contar sua compreensão, civilidade e gentileza.

Por certo que não pretendemos, em absoluto, termos ingerência sobre o cotidiano de seu lar, senão que apenas estamos solicitando algo que, cremos, o senhor não tinha noção do impacto que isto causava sobre seus vizinhos debaixo. Agradeço a atenção e a polidez com que recebeu esta missiva, afinal, temos segurança de que o desejo de uma convivência respeitosa é mútuo e, para tanto, tal situação será solucionada nas formas mais civilizadas.

Uma excelente semana para o senhor e toda família.

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