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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

SANTO NATAL!

O Ministério de Pregação da Arquidiocese de Fortaleza, deseja a todos os irmãos e irmãs pregadores e pregadores, um santo e feliz natal!
Que Jesus menino possa nascer de novo em nossos corações e nos dar uma vida sempre nova, nos dando a graça de responder a seu chamado para uma vida santa, honesta, justa e feliz.
Que o exercício do nosso ministério de pregação, anunciando a Palavra de Deus seja cada vez mais profícuo e produza muitos de frutos de conversão e santidade.
Que a nossa palavra anunciada seja sempre mais enriquecida pela graça divina e pela efusão do batismo no Espírito Santo.
FELIZ NATAL!
(Ministério de Pregação)

sábado, 22 de novembro de 2008

Padre Paulo Ricardo



Olá, irmãos!


Gostaria de partilhar com vocês alguns materiais do Pe. Paulo Ricardo. Este sacerdote muito cheio de Deus e profundo em conteúdo.


Segue texto sobre o celibato (pdf) e uma reflexão sobre a vaidade (mp3):


http://www.4shared.com/file/72690067/dfd7290c/Celibato.html

http://www.4shared.com/file/72691184/6123586a/terapia_da_vaidade_orgulho.html


Pe. Paulo Ricardo é reitor do Seminário de Cuiabá - MT

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Caros irmãos,
Gostaria de partilhar a alegria que estou sentindo com o nosso blog.
Estamos rompendo fronteiras!
Outro dia, uma irmã, da cidade de Cubatão-SP enviou-me um email parabenizando nosso trabalho no blog e solicitando, inclusive, alguns conteúdos do mesmo.
Isto nos anima cada vez mais com esta iniciativa, pois é este o objetivo deste serviço:
Aumentar o alcance do nosso ministério de anúncio da Palavra de Deus e estreitar as distâncias entre os pregadores de nossa Arquidiocese (e agora, de outras também!).
MARCHEMOS!
FRANCISCO ELVIS RODRIGUES OLIVEIRA
Coord. Ministério de pregação
Arquidiocese Fortaleza-CE

quinta-feira, 23 de outubro de 2008




A cidade de Juazeiro do Norte, no interior do nosso estado, presenteou os visitantes da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), com o envio de um irmão nosso de ministério: Refiro-me a Victor Hugo. Ele é coordenador da Obra de Evangelização Senhora e Rainha e coordenador do ministério de pregação de sua diocese.
Hoje ele este em missão pregando a quinta-feira de adoração, na Canção Nova. Foi uma maravilha poder ver a pregação deste homem de Deus. O conselho estadual e os ministros de pregação de nosso estado sentimo-nos muito felizes por este envio.
Acompanhem abaixo a transcrição de uma das duas pregações ministradas hoje:

"Crer, perseverar e vencer pela fé. Essas são as palavras de Deus para nós hoje. Queridos e amados irmãos, somos homens e mulheres que vivemos da fé. Vejamos na nossa bíblia Hebreus 11, 1-3:
“A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê. Foi ela que fez a glória dos nossos antepassados. Pela fé reconhecemos que o mundo foi formado pela palavra de Deus e que as coisas visíveis se originaram do invisível”.
Os grandes homens da história sempre venceram pela fé, olhando não somente as coisas que se pode ver, mas tomando posse daquilo que não se vê com os olhos humanos. Em Hebreus 11, 6-7 Deus nos diz:
“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois, para se achegar a Ele, é necessário que se creia primeiro que Ele existe e que recompensa os que O procuram. Pela fé na palavra de Deus, Noé foi avisado a respeito de acontecimentos imprevisíveis; cheio de santo temor, construiu a arca para salvar a sua família. Pela fé ele condenou o mundo e se tornou o herdeiro da justificação mediante a fé”.
Eu e você vivemos pela fé nas promessas de Deus. Tudo aquilo que o Senhor promete, Ele cumpre. O céu e a terra passarão, mas as palavras do Senhor não. Mesmo com a zombaria de seus amigos, Noé construiu a barca. Ele estava obedecendo a Deus. Queridos e amados irmãos, devemos estar preocupados em agradar a Deus. Isso é viver pela fé, mesmo que às vezes precisemos desagradar as pessoas.As pessoas da época de Noé criticaram-no, mas ele continuou firme, inabalável no cumprimento de seu dever. Quantas vezes eu e você, por causa da nossa fé, somos também incompreendidos? Mas devemos permanecer firmes como Noé. Obedeçamos a Deus!Quando você faz a vontade do Senhor, quando você luta contra o pecado e contra a correnteza deste mundo, as pessoas podem falar mal de você, mas Deus, lá do céu, lhe dá força para continuar. Estamos nesta vida para agradar a Deus.Vejamos agora Hebreus 11 – 8, 10:
“Foi pela fé que Abraão, obedecendo ao apelo divino, partiu para uma terra que devia receber em herança. E partiu não sabendo para onde ia. Foi pela fé que ele habitou na terra prometida, como em terra estrangeira, habitando aí em tendas com Isaac e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa. Porque tinha a esperança fixa na cidade assentada sobre os fundamentos (eternos), cujo arquiteto e construtor é Deus”.
Abraão era um homem estabilizado, e, quando ouviu o chamado de Deus, obedeceu com coração de criança. O Senhor, querendo provar a sua fé, pediu que ele matasse o seu filho. Imagine a cena: foi muita dor, mas ele obedeceu. Quando Abraão levantou a mão para matá-lo, uma voz do céu lhe disse que não era preciso mais fazê-lo.
Precisamos ter os pés nos chãos, mas o coração no céu, em Deus. Você tem uma grande tarefa, que é transmitir o amor e a fé de Jesus aos outros. Fé não é quando olhamos à nossa volta e tudo está bem. Mas sim, quando acontece o contrário. Pela fé, você sabe que tudo está no controle de Deus. E você sabe que nem uma folha de árvore cai sem que o Senhor queira. Agüente firme, irmão! O Deus vivo é com você. Não desanime. Deus tem vitória para você.Mas não basta apenas ter fé, temos também que perseverar nela. Muitas pessoas experimentam o amor de Deus, começam uma vida nova, mas quando chegam as tribulações, os sofrimentos, elas desistem. Não tenha medo das tribulações; não tenha medo de nada porque Deus caminha do seu lado!Eu tenho uma boa notícia para você hoje: se estava com pensamentos, como: “Minha cruz está muito pesada! Não vou agüentar” ou “O meu sofrimento é muito forte para mim”, leia I Coríntios 10, 13:
“Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela”.
Se Deus lhe permite passar por algum sofrimento, Ele também lhe dá toda a força necessária para suportar e para vencer. Tenha certeza absoluta de que Deus jamais permitirá uma tribulação maior que a sua capacidade de vencê-la.Quando você estiver na tribulação, lembre-se de que sua cruz nunca será maior do que você pode carregar. Os homens que mais venceram na história da humanidade foram os que passaram pelas tribulações firmes na fé. Você se lembra de Daniel, que foi jogado aos leões? Quanto maior era o seu sofrimento, tanto mais ele acreditava em Deus!
Deus pode até permitir que você entre na "cova dos leões", mas Ele vai ficar do seu lado o protegendo e lhe dando força. Ele vai fazer dessa situação uma brisa leve. Tudo é para a glória de Deus. Não tenha medo da pressão do mundo; não se curve! Eu não sei em que "boca do leão" você entrou, por qual provação você está passando, mas eu sei de uma coisa: você não está sozinho. O Deus de todas as nações está com você com uma caravana de anjos para estarem ao seu lado. Fique tranqüilo, se você renunciar ao pecado, se buscar a Deus de todo o coração, todo o mal que levantarem contra você o Senhor destruirá. Toda maldição que for lançada em sua vida, Deus vai transformá-la em bênção porque você nasceu para vencer, para ser abençoado! Na tribulação e na dor, louve a Deus porque Ele vai quebrar todas as suas "algemas e prisões". Deus nunca decepcionou ninguém e você não será a primeira pessoa. Ele nunca o desamparará! Nós podemos nos tornar infiéis a Deus, mas Ele nunca deixará de ser fiel a nós.

Amém".

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O encontro com o Ressuscitado é o que nos faz discípulos

Segue testemunho de Moyses (Com. Shalom) acerca das propostas do Sínodo dos Bispos.
Atenção, pregadores! Esta mensagem vai para todos nós!
O Sínodo dos Bispos escutou a experiência de novas comunidades e movimentos no anúncio da Palavra de Deus, renovando a vida de milhões de pessoas, em certas ocasiões muito afastadas da Igreja.
No Sínodo também participa Moysés Louro de Azevedo Filho, fundador e moderador geral da Comunidade Católica Shalom, do Brasil, que explicou como, «através dos movimentos eclesiais e das novas comunidades, milhares de pessoas fizeram um caminho de encontro com Jesus Cristo vivo e descobriram a alegria de ser Igreja».
«Este encontro pessoal com o Ressuscitado, declarou, é o evento que transforma a pessoa em discípulo, fazendo-a descobrir a beleza e a força de sua Palavra.
A partir desta experiência, nasce no coração do discípulo de Cristo a necessidade vital de alimentar-se da Palavra de Deus e ao mesmo tempo se sente impulsionado a encontrá-la em uma leitura orante da Sagrada Escritura, na Liturgia Eucarística e no compromisso missionário de testemunhar a Palavra com firmeza e valor.»
Michelle Moran, presidenta dos Serviços da Renovação Carismática Católica (ICCRS), com sede em Roma, insistiu na «relação fundamental que existe entre o Espírito Santo e a Palavra de Deus».
«A Renovação Carismática ajuda a promover uma nova abertura às graças e aos dons do Espírito Santo.»
«Está trabalhando para produzir recursos que ajudem as pessoas não só a ter acesso às Escrituras, com tudo o que têm de importante, mas também a viver experiências que mudem suas vidas através do encontro com a Palavra de Deus na potência do Espírito Santo. (...) Quando as pessoas se enchem de fé, sentem fome da Palavra de Deus. Alguns não conseguem saciar esta fome por causa de uma pregação insuficiente nas homilias.»
«Para que a pregação seja algo vivo se requer abertura e docilidade à força do Espírito Santo.»
Por isso, Moran sugeriu que «se oferecesse a todas as pessoas comprometidas no ministério da pregação e da proclamação a possibilidade de experimentar em sua vida uma renovação do Espírito Santo».
MARCHEMOS!
Fonte: Agência Zenite / Comunidade Shalom

domingo, 5 de outubro de 2008

A Palavra como instrumento de cura e libertação

IRMÃOS,
No próximo dia 18/10 (sábado) acontecerá a reunião do ministério de pregação (RCC Fortaleza) e, com a graça de Deus, teremos a presença do Ir. Lauro, do Instituto Nova Jerusalém.
Ele falará para nós sobre a relação entre o exercício do ministério de pregação e a cura e libertação.
Será uma grande graça. Não percam!
Para nos dar um "gostinho" do que Deus reserva para nós através deste irmão, abaixo você baixar algumas de suas pregações.
MARCHEMOS!
Causas da escravidão (mp3)
Ação de satanás no mundo - Parte I (mp3)
Ação de satanás no mundo - Parte II (mp3)

sábado, 4 de outubro de 2008

Pregações



Estamos disponibilizando uma série de pregações do Pe. Fábio de Melo.
Que estas palavras sejam instrumento de transformação para muitas vidas e crescimento da nossa experiência com Deus.

O direito de ser frágil (mp3)
Realidades essenciais e acidentais (mp3)
Sai debaixo da mesa (mp3)

domingo, 28 de setembro de 2008

Rcc: uma corrente de graça

Entrevista de Frei Raniero Cantalamessa (pregador oficial da casa pontfícia) falando sobre a Renovação Carismática Católica*:
- Na Igreja há fiéis que consideram que o "batismo no Espírito" é uma invenção dos carismáticos. Inclusive que puseram nome a uma vivência, mas que não está "catalogada" na Igreja. Poderia explicar, desde sua própria experiência, o que é o batismo no Espírito?
O batismo no Espírito não é uma invenção humana, é uma invenção divina. É uma renovação do batismo e de toda a vida cristã, de todos os sacramentos. Para mim foi também uma renovação de minha profissão religiosa, de minha confirmação, de minha ordenação sacerdotal. Todo o organismo espiritual se reaviva como quando o vento sopra sobre uma chama. Por que o Senhor decidiu atuar neste tempo desta maneira tão forte? Não sabemos. É a graça de um novo pentecostes. Não é que a Renovação Carismática tenha inventado o batismo no Espírito.De fato, muitos o receberam sem saber nada da Renovação Carismática. É uma graça; depende do Espírito Santo. É uma vinda do Espírito Santo que se traduz em arrependimento dos pecados, que faz ver a vida de uma maneira nova, que revela Jesus como o Senhor vivo --não como um personagem do passado-- e a Bíblia se converte em uma palavra viva. A verdade é que não se pode explicar.Há uma relação com o batismo, porque o Senhor diz que quem crê será batizado e será salvo. Nós recebemos o batismo de crianças e a Igreja pronunciou nosso ato de fé; mas chega o momento em que nós temos que ratificar o que sucedeu no batismo. Esta é uma ocasião para fazê-lo, não como um esforço pessoal, mas sob a ação do Espírito Santo.Não se pode afirmar que milhões de pessoas estejam equivocadas. Yves Congar, este grande teólogo que não pertencia à Renovação Carismática, em seu livro sobre o Espírito Santo afirmava que a realidade é que esta experiência mudou profundamente a vida de muitos cristãos. E é um fato. A mudou e iniciou caminhos de santidade.
- Como vive seu ministério como pregador da Casa Pontifícia desde sua experiência na Renovação Carismática?
Para mim tudo o que passou desde 1977 é um fruto de meu batismo no Espírito. Era professor na Universidade. Dedicava-me à pesquisa científica na história das origens cristãs. E quando aceitei não sem resistência esta experiência, depois tive o chamado de deixar tudo e colocar-me à disposição da pregação, e também a nomeação como pregador da Casa Pontifícia chegou depois de que tinha experimentado esta "ressurreição". Vejo isso como uma grande graça. Depois de minha vocação religiosa, a Renovação Carismática foi a graça mais assinalada de minha vida.
- Desde seu ponto de vista, os membros da Renovação Carismática têm uma vocação específica dentro da Igreja?
Sim e não. A Renovação Carismática, temos que dizer e repetir, não é um movimento eclesial. É uma corrente de graça que está destinada a transformar toda a Igreja: a pregação, a liturgia, a oração pessoal, a vida cristã. Assim que não é uma espiritualidade própria. Os movimentos têm uma espiritualidade e acentuam um aspecto, por exemplo a caridade. Antes de tudo, a Renovação Carismática não tem fundador; nenhum pensa em atribuir à Renovação Carismática um fundador porque é algo que começou em muitos lugares de diferentes maneiras. E não tem uma espiritualidade; é a vida cristã vivida no Espírito.Mas pode-se dizer que como a gente que viveu esta experiência constitui socialmente uma realidade --são pessoas que fazem determinados gestos, oram de certa maneira-- então se pode identificar uma realidade social cujo papel é simplesmente o de colocar-se à disposição para que outros possam ter a mesma experiência. O cardeal Leo Jozef Suenens, que foi o grande protetor e partidário da Renovação Carismática no início, dizia que o destino final da Renovação Carismática poderá ser o de desaparecer quando esta corrente de graça tenha contagiado toda a Igreja.
- A ponto de concluir a pregação de um retiro no qual estiveram mil líderes carismáticos de todo o mundo, que mensagem gostaria de deixar ao crente que desconhece a Renovação?
Quero dizer aos fiéis, aos bispos, aos sacerdotes, que não tenham medo. Desconheço por que há medo. Talvez em alguma medida porque esta experiência começou entre outras confissões cristãs, como pentecostais e protestantes. Contudo, o Papa não tem medo. Falou dos movimentos eclesiais, inclusive da Renovação Carismática, como de sinais de uma nova primavera da Igreja, e muito com freqüência faz referência na importância disso. E Paulo VI afirmou que era uma oportunidade para a Igreja.Não há que ter medo. Há Conferências Episcopais, por exemplo na América Latina --é o caso do Brasil--, onde a hierarquia descobriu que a Renovação Carismática não é um problema: é parte da solução ao problema dos católicos que se afastam da Igreja porque não encontram nela uma palavra viva, a Bíblia vivida, uma possibilidade de expressar a fé de maneira gozosa, de forma livre, e a Renovação Carismática é um meio formidável que o Senhor pôs na Igreja para que se possa viver uma experiência do Espírito, pentecostal, na Igreja católica, sem necessidade de sair dela.Tampouco se deve considerar que se trata de uma "ilha" na qual se reúnem algumas pessoas que são um pouco emocionais. Não é uma ilha. É uma graça destinada a todos os batizados. Os sinais externos podem ser diferentes, mas em sua essência é uma experiência destinada a todos os batizados.
*Entrevisata realizada no ano de 2003.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Anel da pureza

Circula na internet uma matéria com o titulo acima, publicado na imprensa (Dolores Orosco, G1, São Paulo). Ídolos pop levantam a bandeira da virgindade e fãs adotam ‘anel da pureza’, como símbolo da abstinência sexual até o casamento. Os Rapazes do Jonas Brothers, Miley Cyrus, atriz de ‘Hannah Montana’, o trio Jonas Brothers, usam o anel.
Por exemplo, o estudante paulistano Paulo Sérgio dos Santos, de 18 anos, fã dos irmãos americanos Kevin, Joe e Nick - os Jonas Brothers - resolveu adotar a idéia e afirma: ”O anel é discreto, mas tem um significado especial. Sempre planejei me guardar para a mulher certa”.O “anel da pureza” surgiu nos Estados Unidos, em 1994, na cidade de Baltimore, capital do estado de Maryland, Estados Unidos, com o programa “True Love Waits” (Quem ama, espera!) , que prega a abstinência sexual até o casamento.
O projeto percorre escolas e instituições ligadas à juventude; começou na Igreja Batista e depois foi adotado por diferentes crenças em mais 13 países. Segundo Jimmy Hester, coordenador do TLW, cerca de 3 milhões de jovens fazem parte do programa. “Esse é o número que temos documentado. Durante as palestras, alguns adolescentes assinam nosso acordo de adesão”, diz. No início, a organização lançou uma pulseira de plástico para simbolizar a filosofia. Depois o acessório foi trocado por um pingente de prata, mas só ganhou popularidade com o “anel da pureza” - acessório que pode ser usado por meninas e meninos. “Não fabricamos mais a jóia. Atualmente há inúmeras instituições que as vendem e alguns jovens preferem desenvolver seu próprio anel”, diz Hester.
O pacto que assumem diz o seguinte: “Acreditando que o verdadeiro amor espera, eu me comprometo diante de Deus, de mim mesma, minha família, meu namorado, meu futuro companheiro e meus futuros filhos a ser sexualmente pura até o dia em que entrar numa relação de casamento” (Jornal do Brasil, Ana Maria Mandin, 12/03/94).Nos Estados Unidos, o TLW é alvo de críticas, o que não é de se espantar num mundo onde o que tem valor é o “politicamente correto”, muitas vezes imoral.
Alguns especialistas acreditam que estes jovens ainda não têm maturidade para optar pela abstinência. Mas o coordenador discorda. “Acredito que os críticos não dão crédito suficiente para a nossa juventude. Quando os moços são conscientizados sobre as conseqüências físicas, emocionais e espirituais que uma vida sexual ativa engloba, eles se tornam capazes de tomar a decisão correta”.
É lamentável que alguns “especialistas” pensem que a juventude só é capaz de aderir ao vício e ao pecado, e não à virtude. A ginecologista Albertina Duarte Takeuti, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, considera a opção pela virgindade “válida” e acha positivo que o tema venha à tona graças aos ídolos do pop. “Todo adolescente acha que suas verdades são absolutas. O importante é respeitá-lo em seus valores e manter um canal de diálogo aberto”, defende.O coordenador do TLW diz “celebrar” o fato de que artistas famosos preguem a castidade. “Ficamos satisfeitos com a postura dos Jonas Brothers. Mas ela é tão importante quanto a do garoto que vive numa comunidade rural e passa a idéia adiante”, compara Hester.
Certamente alguns jovens poderão usar o anel mais como moda que para eles pode ser passageira, mas é certo que muitos o usarão com convicção e poderão estimular muitos outros a viverem a beleza da virtude da castidade. A lei de Deus manda não pecar contra a castidade. Este exemplo do TLW não é único, e mostra o renascer da castidade. Quando o Papa João Paulo II esteve nas Filipinas, em janeiro de 1995, houve uma concentração de 4 milhões de pessoas para participar da missa que ele celebrou em Manilha; nesta ocasião um grupo de 50.000 jovens entregou ao Papa um abaixo assinado se comprometendo a viver a castidade. Ela é a virtude que mais forma homens e mulheres de verdade, de acordo com o desejo de Deus, e os prepara para constituir famílias sólidas, indissolúveis e férteis.
É preciso, portanto, que nós cristãos, tenhamos coerência e coragem para transmitir aos jovens esses valores, que são divinos e eternos. O remédio principal que a nossa sociedade doente precisa é de uma escala de valores condizente com a dignidade humana, sob pena de nos igualarmos aos animais. O homem não é apenas um corpo; tem uma alma imortal, criada para viver para sempre na glória de Deus. Isto dá um novo sentido à vida. Não fomos criados para nos contentarmos apenas com o prazer sexual passageiro. Fomos feitos para o Infinito, e só em Deus satisfaremos plenamente as nossas tendências naturais.
Já é hora de voltarmos a falar aos jovens, corajosamente, sobre a importância da castidade e da virgindade. Também nós católicos estivemos muito tempo “encolhidos” de medo de um mundo neo-pagão que ri da castidade e da pureza da alma. Não há, sem dúvida, melhor preparação para o casamento e para o futuro, do que viver a castidade na juventude.
Precisamos mostrar aos jovens que para haver a castidade de atos, é necessário haver antes a castidade de pensamentos, palavras e desejos. É preciso, corajosamente, desafiá-los a dizer não a toda prostituição, pornografia, filmes eróticos, moda excitante, etc. É preciso mostrar-lhes que cada corpo humano é templo do Deus vivo que ali habita pelo seu Santo Espírito (1Cor 3,16; 6,19).
Infelizmente a pregação da Igreja, com poucas exceções, arrefeceu diante do avanço da imoralidade, e, por isso, ela grassou rapidamente. Muitos e muitos jovens se separam com poucos anos de casamento, porque não exercitaram a sua vontade na luta árdua da vivência da castidade.
Quanto às críticas, paciência! O Senhor disse: “Felizes sereis quando vos caluniarem; quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus…” (Mt 5,11-12).

Fonte: Prof. Felipe Aquino - www.cleofas.com.br

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Partilha sobre o VIII Congresso Estadual RCC-Ce

Olá, irmãos! A paz!

Gostaria de partilhar com todos a experiência que vivemos durante o VIII Congresso Estadual da Renovação Carismática Católica do estado do Ceará. O encontro foi realizado nos dias 19, 20 e 21 de setembro, no Ginásio Paulo Sarasate.
Além de todas as graças recebidas nos momentos de oração, louvor, pregação, santa missa e vida fraterna, particularmente, gostaria de destacar que este congresso foi um grande sinal para nós por alguns motivos em especial:

Em primeiro lugar, o Congresso Estadual, em unidade com o Congresso Nacional (ocorrido em julho/2008), promoveu o tema da família, que por sua vez, já é uma ressonância do “Encontro de Aparecida” – reunião do CELAM, que contou com a presença do Santo Padre.
Em tempos de campanhas pró-abortistas, de uniões homossexuais, banalização e, ao mesmo tempo, culto ao corpo, dissolução da família e questionamentos aos valores desta instituição e de seu modelo, estas iniciativas aparecem como “uma voz que clama no deserto” do mundo hodierno. Mundo este, cada vez mais sem rumo, sem norte e sem sentido, porque sem Deus.
Pudemos experimentar em cada momento o testemunho de famílias que, unidas, servem a Deus e nem por isso estão alienadas das realidades temporais, antes, compromentem-se instantemente em fazer o Reino acontecer aqui na terra. Isto apenas para pontuar algumas impressões deixadas deste congresso.
Outro aspecto que gostaria de destacar seria o caráter simbólico (mas muito concreto) que este encontro nos trouxe. Refiro-me à presença dos convidados para este momento:

I – Pe. Eduardo Dougherty, SJ.
Este querido sacerdote jesuíta que foi um dos responsáveis por trazer a renovação carismática para o Brasil. Portanto, ter o padre Eduardo conosco neste congresso significa, também, ter conosco a essência da RCC no nosso país. Sua importância é tamanha e sua presença foi e é para nós um sinal da ação do Espírito Santo neste movimento.

II – Lázaro Praxedes
Como todo mineiro, sua presença pode até passar despercebida, devido sua discrição e sobriedade. De aspecto calado, observador, mas preciso nas observações, este irmão, torna-se um verdadeiro "leão" ao proclamar a Palavra de Deus em suas pregações, com grande profetismo. De um modo particular aos pregadores, sua presença foi muito simbólica e significava, pois sendo o coordenador nacional do ministério de pregação, este irmão trouxe para nós um renovo ao ministério e uma chamada de atenção ao profetismo que deve conter nossas prédicas e a experiência da graça do batismo que também deve se manifestar a cada pregação da palavra que formos realizar.

Para não cometer injustiças, evidente que outras presenças foram marcantes e verdadeiros sinais da presenças de Jesus em nosso meio e da eclesialidade a que está inserida a RCC:
D. Fernando Saburido – bisbo de Sobral – que celebrou conosco no sábado, dia 20 e D. José Antônio, nosso pastor, que celebrou o domingo, dia 21. Louvamos a Deus por estes apóstolos de Cristo em nosso meio.
Além das presenças de nossos líderes e servos em Cristo: Robério Cavalcante (coord. Estadual) e os demais coordenadores diocesanos que estiveram presentes, demonstrando a unidade cada vez mais sonhada e querida em nosso movimento, bem como de todos os sacerdotes e religiosos que celebraram e animaram conosco. Por fim, todos os irmãos que aderiram ao chamado e marcaram presença no congresso. A vivência coletiva do Batismo no Espírito Santo, a partilha de vida, troca de experiências e fraternidade gerada, aparece como uma das grandes graças derramadas sobre nós, “a fim de que todos sejamos um”.
ELVIS RODRIGUES
Coord. Arquidiocesano ministério de pregação
RCC – Fortaleza / CE

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Direcionamento nacional 2008/2009 para o minstério de pregação

Olá irmãos!
Segue o direcionamento advindo do ministério de pregação para todos os pregadores do Brasil.
Vamos procurar observar todas estas inspirações que o Senhor tem derramado sobre nossos irmãos do nacional e aplicar em nossos ministérios dentros de nossas comunidades ou grupos de oração.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Fotos do VIII Congresso Estadual RCC-CE

Fotos com os coordenadores do ministério de pregação da RCC
Lázaro Praxedes (Coord. Nacional), Elvis Rodrigues (Coord. Arquidiocesano) e James Apolinário (Coord. Estadual)
Mais fotos veja no site: http://www.rccfortaleza.org.br/

domingo, 14 de setembro de 2008

A cruz gloriosa

Atualmente a cruz já não se apresenta aos fiéis em seu aspecto de sofrimento, de dura necessidade da vida ou inclusive como um caminho para seguir a Cristo, mas em seu aspecto glorioso, como motivo de honra, não de pranto. Antes de tudo, digamos algo sobre a origem desta festa. Ela recorda dois acontecimentos distantes no tempo. O primeiro é a inauguração, por parte do imperador Constantino, de duas basílicas, uma no Gólgota, outra no sepulcro de Cristo, no ano 325. O outro acontecimento, no século VII, é a vitória cristã contra os persas, que levou à recuperação das relíquias da cruz e sua devolução triunfal a Jerusalém. Contudo, com o passar do tempo, a festa adquiriu um significado autônomo. Converteu-se em uma celebração gloriosa do mistério da cruz, que, sendo instrumento de ignomínia e de suplício, Cristo transformou em instrumento de salvação.
As leituras refletem esta perspectiva. A segunda leitura volta a propor o célebre hino da Carta aos Filipenses, onde se contempla a cruz como o motivo da maior «exaltação» de Cristo: «aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor». Também o Evangelho fala da cruz como do momento no qual «o Filho do homem foi levantado para que todo o que creia tenha por Ele vida eterna».
Houve, na história, dois modos fundamentais de representar a cruz e o crucifixo. Os chamamos, por comodidade, de o modo antigo e o moderno. O modo antigo, que se pode admirar nos mosaicos das antigas basílicas e nos crucifixos da arte romântica, é glorioso, festivo, cheio de majestade. A cruz, frequentemente sozinha, sem crucifixo, aparece projetada em um céu estrelado, e sob ela a inscrição: «Salvação do mundo, salus mundi», como em um célebre mosaico de Ravena.
Nos crucifixos de madeira da arte românica, este tipo de representação se expressa no Cristo que reina com vestes reais e sacerdotais a partir da cruz, com os olhos abertos, o olhar para a frente, sem sombra de sofrimento, mas radiante de majestade e vitória, já não coroado de espinhos, mas de pedras preciosas. É a tradução do versículo do salmo: «Deus reinou do madeiro» (regnavit a ligno Deus). Jesus falava de sua cruz nestes mesmos termos: como o momento de sua «exaltação»: «E quando eu for levantado da terra, atrairei todos para mim» (Jo 12, 32).
A forma moderna começa com a arte gótica e se acentua cada vez mais, até converter-se no modo ordinário de representar o crucifixo. Um exemplo é a crucifixão de Matthias Grunewald no altar de Isenheim. As mãos de os pés se retorcem como arbustos ao redor dos cravos, a cabeça agoniza sob um feixe de espinhos, o corpo coberto de chagas. Igualmente, os crucifixos de Velázquez e de Dali e de muitos outros pertencem a este tipo.
Os dois modos evidenciam um aspecto verdadeiro do mistério. A forma moderna-dramática, realista, pungente – representa a cruz vista, por assim dizer, por diante, «de cara», em sua crua realidade, no momento em que se morre nela. A cruz como símbolo do mal, do sofrimento do mundo e da tremenda realidade da morte. A cruz se representa aqui «em suas causas», isto é, naquilo que, habitualmente, a ocasiona: o ódio, a maldade, a injustiça, o pecado.
O mundo antigo evidenciava não as causas, mas os efeitos da cruz; não aquilo que produz a cruz, mas o que é produzido pela cruz: reconciliação, paz, glória, segurança, vida eterna. A cruz que Paulo define como «glória» ou «honra» do crente. A festividade de 14 de setembro chama-se «exaltação» da cruz porque celebra precisamente este aspecto «exaltante» da cruz.
Deve-se unir à forma moderna de considerar a cruz, a antiga: redescobrir a cruz gloriosa. Se no momento em que se experimentava a provação, podia ser útil pensar em Jesus cravado na cruz entre dores e espasmos, porque isto fazia que o sentíssemos próximo a nossa dor, agora há que pensar na cruz de outro modo. Explico com um exemplo. Perdemos recentemente uma pessoa querida, talvez depois de meses de grande sofrimento. Pois bem: não há que continuar pensando nela como estava em seu leito, em tal circunstância, em tal outra, a que ponto se havia reduzido no final, o que fazia, o que dizia, talvez torturando a mente e o coração, alimentando inúteis sentimentos de culpa. Tudo isto terminou, já não existe, é irreal; atuando assim não fazemos mais que prolongar o sofrimento e conservá-la artificialmente com vida.
Há mães (não digo para julgá-las, mas para ajudá-las) que depois de terem acompanhado durante anos um filho em seu calvário, quando o Senhor o chama para Si, rechaçam viver de outra forma. Em casa, tudo deve permanecer como estava no momento da morte do filho; tudo deve falar dele; visitas contínuas ao cemitério. Se há outras crianças na família, devem adaptar-se a viver também neste clima permeado de morte, com grave dano psicológico. Estas pessoas são as que mais necessitam descobrir o sentido da festa de 14 de setembro: a exaltação da cruz. Já não és tu que leva a cruz, mas a cruz que te leva; a cruz que não te arrebata, mas que te ergue.
Há que pensar na pessoa querida como é agora que "tudo terminou". Assim faziam com Jesus os artistas antigos. Contemplavam-no como é agora, como está: ressuscitado, glorioso, feliz, sereno, sentado no trono de Deus, com o Pai que "enxugou toda lágrima de seus olhos" e lhe deu "todo poder nos céus e na terra". Já não entre os espasmos da agonia e da morte. Não digo que se possa sempre dominar o próprio coração e impedir que sangue com a recordação do sucedido, mas há que procurar que impere a consideração de fé. Senão, para que serve a fé?
Frei Raniero Cantalamessa, OFM

domingo, 31 de agosto de 2008

Este vídeo é lindo. Com um belíssimo trabalho de expressão corporal, estes jovens transmitem Jesus para outros jovens.

ASSISTAM!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

SOU UM CANTEIRO DE OBRAS: DESCULPE O TRANSTORNO

Logo no início da minha caminhada com Deus – deveria ter por volta de 15 (quinze) anos de idade – tendo vivido uma experiência pessoal de encontro com Jesus, comecei a participar ativamente da vida da Igreja. Havia uma vontade nova de buscar a Deus e conhecer mais esse “novo mundo” que me encantava a cada momento: estava vivendo aquilo que os mestres espirituais chamam de primeiro amor, ou seja, havia sido tocado, de fato, pelo amor de Deus. Amor incomparável e indescritível. O que posso dizer é que jamais havia me sentido amado daquele modo e, esta presença amorosa de Deus me impulsionava a dar uma resposta adequada, embora sempre aquém do amor que recebia, afinal, somos limitados e Deus sempre se supera em bondade e amor.
Esta resposta a qual me esforçava por dar a este Deus que me ama tanto assumia a forma de orações cada vez mais espontâneas e sinceras, assim como um novo modo de olhar e perceber o mundo a minha volta e também um novo modo de me relacionar com os outros. Tudo havia se tornado diferente. Muita coisa havia mudado. Acredito que era Deus mesmo a me transformar em um homem novo (cf. ef 4, 24) e a fazer de mim uma nova criatura (cf. II Cor 5, 17), à medida que mais e mais estivesse junto dele (cf. Jo 15, 4).
A este novo “jeito de ser”, ou novo modo de viver e relacionar-se com Deus, com os outros, com o mundo e comigo mesmo
, pode ser denominado espiritualidade. Ou seja, existe uma vida em cada ser humano que vai além da vida exterior, física, material. Existe uma vida interior que precisa ser cultivada e enriquecida por meio de orações e exercícios espirituais a fim de aproximar nossa alma cada vez mais de seu criador. Tais exercícios espirituais (ascese) devem gerar uma conversão sincera e uma prática cristã transformadora também da realidade à nossa volta conferindo uma autêntica sensibilidade aos nossos irmãos.
Esta vida interior – como diriam os mestres espirituais – em certos momentos assemelha-se à nossa vida exterior. Neste sentido, da mesma forma que é custoso formar nossa vida, a fim de obtermos a felicidade, tornando nosso existir mais saudável e pleno, do mesmo modo, faz-nos necessário compreender que temos uma vida espiritual, mas que esta também, exige de nós esforço e não pouco sofrimento para construí-la.
Utilizo este termo “construir”, pois é deste modo que imagino a vida espiritual: estamos sempre em construção. Em nossas metrópoles, constantemente percebemos uma obra sendo realizada aqui e acolá: seja um novo viaduto, um reparo da rede de esgoto, obras de metrô, seja mesmo um sem fim de “tapa-buracos” em nossos asfaltos.
Por isso, o termo construção se aplica muito bem à nossa vida espiritual, pois neste processo de descobrir quem Deus é, vou também descobrindo quem é o outro e quem sou eu. Mas esta descoberta também não se dá sem barulho, sem “quebra-quebra”, sem tumultos. Porque é um processo muitas vezes doloroso saber que eu não sou tão bom quanto minha família dizia que eu era. Porque vou descobrindo que o outro pode, tantas vezes, me ferir, especialmente quando concedo a ele esta faculdade. A construção aparece como um caminho de revelação das sujeiras da cidade, da confusão e do barulho. Mas, ao ser concluída, a boa obra completada, se mostra totalmente oposta à situação de caos inicial.
De modo semelhante, quando nos prontificamos a entrar nos caminhos do Senhor
[1], devemos nos preparar para encontrar o que há de mais sujo, barulhento e caótico em nossa alma, mas nunca deixando de lado a idéia de que o arquiteto[2] desta obra vê além e, no meio das confusão da obra ele consegue vislumbrar toda a beleza (ainda que potencial) que se esconde por trás de tudo isso.
Então, se, em algum momento e por algum motivo, magoarmos aos outros durante este processo de estruturação – mesmo aquele ente mais querido, ou a nós mesmos –, vale tomar emprestada uma frase que se encontra com muita constância em qualquer canteiro de obras de nossas cidades: “desculpe o transtorno, estou em construção”.

[1] Cf. Eclo 2, 1-6.
[2] Nenhuma alusão à concepção maçônica de Deus como arquiteto do Universo. O uso deste termo aqui empregado é simplesmente o do profissional de arquitetura, no sentido que este tem em sua mente o resultado final de sua obra. Enquanto todos vêem um amontoado de escombros, ele enxerga o belo da obra concluída.
FRANCISCO ELVIS RODRIGUES OLIVEIRA
Coord. Ministério de Pregação
R.C.C. Fortaleza

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Olá irmãos!
Vejam esta entrevista coletiva com o nosso coordenador nacional dos pregadores, Lázaro Praxedes. São orientações preciosas para todos nós, no exercício de nosso ministério.


Faça download deste vídeo no link abaixo:
http://www.4shared.com/file/60876673/3e48319c/Entrevista_Coletiva_-_Lazaro_Praxedes.html

POR QUE ALGUMAS PESSOAS NÃO ENTENDEM A BÍBLIA?*

(Extraído do livro Perguntas intrigantes, respostas instigantes)

A Palavra de Deus é luz para os meus passos. Vivo pensando nela e, freqüentemente, o cotidiano lembra-me algumas passagens. Um dia, estava caminhando descontraidamente numa praça, comprei um churrasquinho no espeto (daqueles que custam cinqüenta centavos) e me lembrei: “O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14, 38b). Outra vez, vi um rapaz de aproximadamente vinte anos namorando uma mulher de quarenta. Logo me veio à mente: “Venho em breve. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3, 11). Até já cismei que o cego Bartimeu fosse meu primo, porque era filho dum Timeu (cf. Mc 10, 46). Aliás, sempre que estou para tomar um banho, olho para o chuveiro e penso no que lhe disseram: “Coragem, ele te chama” (Mc 10, 49b)[1].
A leitura da Bíblia sempre me introduz num universo de compreensão de muitas coisas, inclusive dela mesma. Aliás, cresci ouvindo alguns bons pregadores dizendo que se deve ler a Bíblia à luz da realidade. Pessoalmente, sempre tendi mais fortemente a ler a realidade à luz da Bíblia[2].
A Palavra de Deus esclarece-me coisas às vezes imperceptíveis à minha razão. Paradoxalmente, estou sempre escutando queixas de pessoas que afirmam não entenderem a Bíblia quando lêem. Algumas até desistem de consulta-la, pois não sentem que isso influencie significativamente as suas vidas. Por que isso acontece?
Para algumas pessoas, falta um pouco de estudo. Falta contextualizar a Escritura em seu ambiente geográfico, histórico e cultural. Falta, ainda, sistematizar a leitura, evitando tomar sempre passagens isoladas e nunca iniciar e concluir um livro inteiro. Interessante que as pessoas não lêem um livro comum aleatoriamente, mas o fazem a partir do começo e vão até o fim. Por que não fazem o mesmo com os livros da Bíblia? Esquecem-se que a Escritura é um conjunto de 73 livros, dos mais variados gêneros, escritos em épocas e por autores diferentes. Cada um desses livros transmite, no seu conjunto, uma mensagem religiosa.
Portanto, estudar ajuda muito. Fazer um curso ou ler um livro de introdução à Bíblia pode ser muito útil. Doutro modo, é coerente escolher uma boa tradução e não ter preguiça de consultar as notas de rodapé.
Às vezes, porém, o estudo atrapalha. Refiro-me àquelas pessoas que esmiúçam a Bíblia em termos de contexto social, desvelam o caráter humano dos livros, atribuem intenções meramente temporais aos autores e, quando menos se espera, ver-se extraído o sentido mistagógico da Escritura. Em outras palavras, abre-se mão do aspecto sobrenatural dos livros sagrados e, de certo modo, coloca-se Deus à parte, como se Ele fosse apenas uma construção da mente dos autores.
Quem age assim também não entende a Bíblia. Diria: esse muito menos! Não entende o “espírito da coisa”, o fundamental, o essencial: a expressão de um Deus que se comunica com aqueles de quem quis fazer seus filhos.
A Bíblia é palavra revelada. Lê-la sem esse “senso do mistério” é retirar o seu encanto, o seu gosto; é torna-la seca, sem vida, sem óleo. É transformá-la num livro qualquer. A Bíblia dá respostas, mas também faz perguntas. Algumas delas, bem intrigantes.
É por isso que muitas pessoas não entendem a Bíblia. Por que estudam ou porque não estudam, não conseguem mergulhar na relação com o texto. Ler a Bíblia é fazer memória[3]; é introduzir-se na trama, na dança do amor. É encontrar-se nos acontecimentos, sentir-se destinatário das palavras ditas por Deus, seja a quem for, mesmo àqueles personagens mais santos. Nesse sentido, é que a Bíblia não é um livro, mas uma pessoa.
Destarte, não se deve ter medo de encantar a vida. Se me pedissem para resumir a Bíblia numa frase, eu pensaria em “Eu amo você”. E sentiria Deus dizendo isso fortemente para a humanidade inteira e para mim em particular.
Viver sem paixão não é próprio de Deus e nem do homem. Receio que aquele que foge do mistério e do encanto, foge de si mesmo e, por causa disso, não consegue entender nem a Bíblia nem a própria vida.
[1] Definitivamente, banho nunca foi o meu forte; quase não me casava porque tinha que “correr os banhos”.
[2] Cf. Ronaldo José de SOUSA, Ide às encruzilhadas, p. 75.
[3] Cf. Maria Emmir Oquendo NOGUEIRA, Silvia Maria Lima LEMOS, Tecendo o fio de ouro, p. 37-40.

RONALDO JOSÉ DE SOUSA (Consagrado na Comunidade Remidos no Senhor. Doutorando em sociologia pela Universidade Federal de Campina Grande. Além das atividades como pregador e escritor, ele é professor da Faculdade Católica de Campina Grande (FACCG).

*Texto publicado com autorização do autor

terça-feira, 26 de agosto de 2008

CADASTRO GERAL DE PREGADORES

Olá, irmãos!
Estamos desenvolvendo um trabalho para estipularmos quantos irmãos e irmãs exercem o ministério de pregação dentro da R.C.C. de Fortaleza.
Esse cadastro servirá para estreitar os laços entres o ministério de pregação e os pregadores de nossa Arquidiocese, alpem de poder tomar conhecimento das missões que são assumidas e, ainda, conhecendo melhor os pregadores, confiar-lhes as missões que são solicitadas ao ministério e que, pelo pouco número de operários, não podemos assumir todas.
Baixe a ficha-cadastro no link abaixo e nos reencaminhe preenchida pelo email: elvis@rccfortaleza.org.br / elvisroliveira@hotmail.com
ou em nossas reuniões mensais (3º sábado de cada mês).
FAÇA O DOWNLOAD DA FICHA-CADASTRO NO LINK ABAIXO:
FRANCISCO ELVIS RODRIGUES OLIVEIRA
Ministério de pregação
R.C.C. Fortaleza

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O testemunho de Jesus e o Espírito de profecia

Irmãos!

Gostaria de partilhar com vocês esta pregação ministrada pelo Frei Raniero Cantalamessa, em um congresso para a renovação carismática na Itália.

Uma bênção muito grande!

Abraços a todos.
Click no link abaixo para download (Formato mp3)

Frei Raniero Cantalamessa, Franciscano Capuchinho, foi ordenado sacerdote em 1958. Doutor em teologia e em literatura, foi professor de história das origens cristãs na Universidade Católica de Milão e diretor do Instituto de Ciências Religiosas. Membro da Comissão Teológica Internacional de 1975 até 1981. Em 1977 deixou o ensino acadêmico para dedicar-se inteiramente ao serviço da Palavra de Deus.

Veja mais no site: http://www.cantalamessa.org/

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Rosa de Saron - As dores do silêncio

Essa música é muito linda. aguardem, em breve, o show do Rosa de Saron em Fortaleza.

Dia 09/11/2008, no Ginásio Poliesportivo da Parangaba, a partir das 17hs.

Veja mais: www.doceolhardemaria.com.br

"Manda teu Espírito

e vem me abraçar, pra eu não chorar.

Preciso de Ti aqui,

pra me consolar"

quarta-feira, 20 de agosto de 2008


SER PROFETA PARA AS NAÇÕES

INTRODUÇÃO
“No ano da morte do rei Ozias, eu vi o Senhor sentado num trono muito elevado; as franjas de seu manto enchiam o templo. Os serafins se mantinham junto dele. Cada um deles tinha seis asas; com um par (de asas) velavam a face; com outro cobriam os pés; e, com o terceiro, voavam. Suas vozes se revezavam e diziam: Santo, santo, santo é o Senhor Deus do universo! A terra inteira proclama a sua glória! A este brado as portas estremeceram em seus gonzos e a casa, encheu-se de fumo. Ai de mim, gritava eu. Estou perdido porque sou um homem de lábios impuros, e habito com um povo (também) de lábios impuros e, entretanto, meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos! Porém, um dos serafins voou em minha direção; trazia na mão uma brasa viva, que tinha tomado do altar com uma tenaz. Aplicou-a na minha boca e disse: Tendo esta brasa tocado teus lábios, teu pecado foi tirado, e tua falta, apagada. Ouvi então a voz do Senhor que dizia: Quem enviarei eu? E quem irá por nós? Eis-me aqui, disse eu, enviai-me” (Is 6, 1-8).

Ministério Profético
O exercício do ministério de pregação é um dos mais difíceis. Isso porque a única forma de exerce-lô é pregando e, para pregar, é preciso ter coragem de enfrentar um público, desbravando sozinho os caminhos da palestra, se expor e correr riscos.
Dos muitos chamados ao ministério da pregação, poucos aderem com determinação, dispostos a superarem, na graça de Deus, os próprios limites da timidez, linguagem, da retórica, da contemplação e tanto outros que surgem.
Nesse sentido é que se contextualiza a indagação do Senhor em Is 6,8a: “Quem enviarei eu?”E quem irá por nós?”.

A VOZ DO PREGADOR PRECISA SER INSTRUMENTO DO ESPÍRITO!

“Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas (Is 52,7)?” (Rm 10, 14-15).

- Um ministério é um serviço e não uma vocação
- Para exercer um ministério é preciso que haja uma identificação mínima com ele, infundida pelo próprio Deus. Isso é o que se pode denominar de “chamado”. Nesse sentido, penso que o Senhor coloca no coração da pessoa algo que a caracterize como tal.
ð Qual é, então, essa característica na pessoa que se sente chamada ao ministério da pregação?
- Inquietude interior – Ele não se sente apenas convidado a pregar, mas enviado;
- Note-se que depois de colocada a brasa na boca de Isaías, torna-se latente as duas dimensões do chamado: o convite, em forma de pergunta (“Quem enviarei eu?”) e o sentir-se enviado, presente na resposta efetiva, pronta, ousada: “Eis-me aqui, enviai-me”
- Quando escuta a Palavra de Deus, se abre o coração, sinceramente, ele se torna parte dele, mas quando prega, ele mesmo se torna parte da Palavra. Isso quer dizer que o pregador é, a partir do momento em que querem ou que precisam conhecer o Evangelho.

ð A pregação como carisma
A pregação é, antes de tudo, é um dom; Carisma derramado pelo Senhor sobre aqueles que Ele quer.
- Capacita a pessoa para o exercício do ministério;
- O carisma de pregação é pessoal
- Como carisma - Se apresenta como matiz profética
- Como técnica – de elocução, ela se vincularia à oratória e à retórica;

O CARISMA EXERCE CERTO PRIMADO SOBRE A TÉCNICA.
- A pregação é um carisma enquanto que a técnica é um caminho para seu exercício eficaz;
- “um carisma que leva o evangelizador a fielmente proclamar a Revelação Divina sob unção do Espírito Santo, (…) de forma enérgica, ousada e profética, mediante o emprego de recursos de comunicação interpessoal”.

A pregação como ministério
- Quando é colocado a serviço da comunidade;
- Só a comunidade pode confirmar um ministério. Essa confirmação dá-se em pelo menos três níveis:
1. Através das autoridades (pastores, lideranças, coordenadores, conselho, núcleo );
2. Pelos frutos – ( lembrar que temos momentos bons e ruins );
3. Pelo respaldo do conjunto das pessoas da comunidade.
JAMES APOLINÁRIO
Coord. Estadual Ministério de Pregação - RCC Ceará

sábado, 16 de agosto de 2008

VIII Congresso Estadual R.C.C. - Ceará

Participe conosco do VIII congresso estadual da RCC-Ceará

Acredite, tudo pode ser diferente

Somos chamados a desfrutar a vida da maneira que Deus sempre sonhou. Deus, que é nosso pai (cf Rm 8, 16), sempre desejou coisas boas para seus filhos, mas a verdade é que durante muito tempo não demos ouvidos ao que Ele nos dizia. Foi preciso tomar muito tombo, apanhar muito da vida ? pois ela acaba sendo muito cruel quando estamos afastados D’aquele que a criou ? para percebermos que distante d´Ele perdemos o sentido da vida, aliás, não só o sentido, mas também o gosto para vivê-la.
Você já pensou que tudo poderia ser diferente?! Existem muitos caminhos na vida, e talvez você tenha escolhido o caminho das aparências, onde se valoriza mais o “ter” do que o “ser”, onde os filhos e as filhas de Deus são tratados como objetos. Talvez você tenha percorrido o caminho da incredulidade, do ateísmo e acabou adorando falsos deuses, achando que poderia ser como Deus... Quem sabe você achou que o seu casamento poderia manter-se firme, mesmo distante de Deus, e acabou por assustar-se vendo tudo desmoronar na sua cabeça. E o que dizer da educação dos filhos?! Tenho visto muitos pais que se acham “superpais” e, muitas vezes, escondendo-se atrás do orgulho, da vaidade e da prepotência acabam por não contar com a ajuda poderosa de Deus, e assim, com o passar do tempo, percebem que algo imprescindível faltou na educação dos filhos e eles acabaram se entregando às drogas, aos vícios, à prostituição, etc.
Tudo pode ser diferente a partir de agora, basta encontrar o caminho certo, mas primeiro, é preciso deixar o caminho outrora escolhido, para, aí sim, buscar o caminho verdadeiro. Jesus diz no evangelho: “(...) Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14,6). Confiantes na Sagrada Escritura, precisamos nos lançar nos braços do nosso Pai, pois “quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? E, se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem.” (Mt 7, 9-11) Acredite, tudo pode ser diferente. Deus tem projetos de bênçãos para você e sua família.
Deus deseja escrever uma nova história para sua vida; transformar em bênção toda maldição, pois tem poder para isso. Mesmo que você tenha até medo de olhar para trás, saiba que quando o sangue precioso de Nosso Senhor Jesus Cristo atingir a sua história, ela será passada a limpo e ninguém mais poderá te acusar, pois "Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!" (2Cor 5,17)
Sabemos que muitas vezes nossa vida não vai bem na área afetiva, financeira e espiritual e que precisamos com urgência mudar o seu rumo.
Sabemos que o verdadeiro caminho que nos traz a paz, a esperança, a segurança, a certeza de que o amanhã será melhor e que após a tempestade virá a bonança, enfim, esse caminho é Jesus.
Então, só nos falta deixar para trás o caminho errado e passar a seguir o caminho certo. Só nos falta abandonar o homem e a mulher velhos e mergulhar no rio de bênçãos do nosso Deus.
Vamos! Não tenha receio! Se for preciso, reformule por inteiro a sua vida, mas conte com a graça do nosso Pai. Ande pelo caminho certo, siga Jesus!
RENATO RITTON
(Ministério de Pregação da RCC-RJ e escritor)

MINISTÉRIO DE PREGAÇÃO



Num dia desses recebi pela Internet a seguinte história:“Um dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:– Sr Bilac, estou precisando vender meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Poderia redigir um anúncio para o jornal? Olavo Bilac apanhou um papel e escreveu: ‘Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes na varanda’. Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio”.– Nem pense mais nisso! – disse o homem. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que eu tinha”.
Essa história me fez lembrar que além de ter uma boa inspiração, para pregar precisamos saber nos comunicar; falamos de comunicar com unção. A forma de falar, a postura do pregador, seu timbre de voz, seus gestos, enfim, tudo que compõe a imagem do pregador influencia no ânimo dos ouvintes. E essa influência vai predispô-los a aceitarem ou a rejeitarem a mensagem transmitida na pregação. É por isso que os pregadores devem ser incansáveis quando se trata de formação; devem ser santamente insaciáveis na busca de novos métodos para pregar. É neste contexto que entra a formação, para colaborar.Na Bíblia encontramos exemplos de como a forma de se expressar influencia os ouvintes.
Certa vez, após Jesus terminar uma pregação “a multidão ficou impressionada com a sua doutrina” (Mt 7,28) e o evangelista segue explicando que “ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas” (v. 29).Vejam que exemplo interessante encontramos em Atos dos Apóstolos, quando no dia de Pentecostes, o Espírito Santo fez os discípulos começarem as pregações em línguas. Observem no texto abaixo o efeito inicial no ânimo de muitos ouvintes:“Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua. Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: Não são, porventura, galileus todos estes que falam? Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas; os que habitam a Macedônia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos, judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus! Estavam, pois, todos atônitos e, sem saber o que pensar, perguntavam uns aos outros: Que significam estas coisas?” (At 2,4-12).
Ora, como havia milhares de pessoas naquele lugar – era Festa de Pentecostes – se os pregadores não tivessem, impulsionados pelo Espírito Santo, começado a pregar (publicar as maravilhas de Deus) por meio do dom da xenoglassia, certamente poucas pessoas, ou quase ninguém, os teria ouvido. Note bem os questionamentos do povo que o evangelista teve o cuidado de narrar: “todos atônitos e, sem saber o que pensar, perguntavam uns aos outros: Que significam estas coisas?” Todo professor sabe que o questionamento marca o início da boa aprendizagem. Aqui a forma de pregação foi decisiva para atrair os ouvintes e para ganhar a atenção deles.Outro exemplo, para citar somente mais um. Trata-se de Apolo. Ele é citado no capítulo dezoito do Livro dos Atos dos Apóstolos. Ele era judeu, profundo conhecedor das escrituras. Era também eloqüente e pregava com veemência suficiente para calar os que tentavam contradizer o Evangelho.
Pelo testemunho de Lucas sabemos que sua presença em Corinto foi de muito proveito para os cristãos.É por perceber a necessidade de apresentar o Evangelho da forma mais adequada possível que o Ministério de Pregação não se dá por vencido ante os embaraços que encontramos para ministrar uma boa formação. É por acreditar que podemos formar novos pregadores e aperfeiçoar os veteranos que temos um projeto de formação (Projeto Pedagógico). É também por compreender que trabalhando com afinco conseguiremos dar um passo a mais na caminhada da formação de pregadores, isto é, conseguiremos ir “além dos limites dos nossos desertos de pregadores”, saindo, portanto, do “lugar comum” em se tratando de formação, que implantaremos a partir de 2004 as oficinas de pregação.Nos encontros de formação temos apresentado aos pregadores uma metodologia que nos ajuda a pregar com unção e com docilidade ao Espírito Santo.
Temos também exortado a que todos os pregadores busquem o conhecimento necessário para pregar, participando de todos os encontros ministrados pelos outros ministérios. É que o pregador não necessita somente de pregar com unção e com metodologia correta, ele necessita também de conhecer o assunto que vai expor. Assim ele deve participar de todos os encontros que conseguir, além de complementar sua formação com outras fontes de conhecimento, tais como: livros, fitas de áudio e de vídeo, entre outros recursos.Mas, sem dúvida, é nas oficinas que deverá ocorrer a formação mais profunda. Elas são compostas por dinâmicas simples e criativas que ajudam o pregador a se treinar nas melhores técnicas de pregação. Elas são mais que necessárias, pois a pregação é uma daquelas atividades humanas que poucos de nós conseguimos realizar com perfeição sem um bom treinamento, contudo é muito fácil de ser feita “mais ou menos”. E esta facilidade de se pregar “meia pedra meio tijolo” tem se tornado um dos maiores obstáculos que impedem a realização de uma formação integral, de uma formação que contempla o maior número de itens da oratória sacra. Voltando às oficinas, quem nelas não for treinado o será durante as pregações que certamente fará nos grupos de oração. Todavia o treinamento que se consegue durante as pregações nos grupos e em outros lugares é lento, bastante lento.
É por este motivo que os melhores pregadores do Brasil, com pouquíssimas exceções, demoraram de cinco a dez anos para conseguirem uma boa técnica de pregação. Com certeza as oficinas poderão – e deverão – abreviar este tempo, além de possibilitar outros ganhos. Estamos oferecendo encontros de formação que devem ser aprofundados em oficinas. A partir disso a formação dependerá do esforço, do trabalho, do estudo, do treinamento e das orações de cada pregador do Brasil.Talvez você esteja curioso para entender o que vem a ser oficina. Elas serão bem entendidas na prática, mas aqui vai uma palavrinha sobre elas.Hoje as oficinas incorporaram de vez os mais representativos campos de formação profissional. Em alguns deles elas já eram tradicionais, porém conhecidas com outros nomes, como laboratório, no teatro; treinamento, nos esportes e estágio nas formações acadêmicas.
Por falar em formação acadêmica e oficinas, elas têm sido inseridas em projetos pedagógicos de universidades, como é exemplo um projeto pedagógico da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia, elaborado no ano 2000, que traz as oficinas como sendo uma das formas usadas para capacitar seu corpo docente. Como disse acima, as oficinas serão bem compreendidas na prática, mas o melhor delas é que poderão ser feitas com pequenos grupos de pregadores que certamente se reunirão nas dioceses, nas cidades ou nos grupos de oração.Pretendemos em breve disponibilizar um material para preparar roteiros de pregação passo a passo, para ser usado nas oficinas. Oremos para mais esta etapa na caminhada da formação, dentro do Projeto Reavivando a Chama.Muito obrigado a você que se dedica a formar pregadores e a você que busca a formação. Deus os abençoe. E permanecemos unidos no Cristo, pelo Espírito.

Dercides Pires da Silva
(Ex-coord. nacional do minístério de pregação e autor de diversos livros, entre eles Oratória sacra - Roteirização)

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

SOBRE AS MISSÕES

“Ide, pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (...) Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 19s).
É com este mandato de Jesus que são Mateus encerra seu Evangelho. Podemos, logo de saída, tirarmos um ensinamentos deste texto: não sem propósito é ele que encerra o Evangelho e, acredito que isto seja para nos ensinar que toda atividade missionária é fruto de uma prévia e autêntica experiência com o amor de Deus, que nos impele a ir ao outro, o nosso irmão.
Após alguns anos de vida pública e convivendo com os apóstolos, o mestre anima seus discípulos a anunciarem, a irem ao encontro do povo e ensinar tudo o que ele lhes havia dito e o que eles experimentaram junto de Jesus, ou seja, a missão da Igreja e do todos nós, os batizados, está na experiência viva e vivificante como ressuscitado. Portanto, o anúncio da Boa Nova é, essencialmente, “testemunho”.
“O próprio testemunho da vida cristã e as boas obras feitas em espírito sobrenatural, possui a força de atraírem os homens para a fé e para Deus” (Cf. Aa, n.º 6).
Essencialmente, ao falarmos sobre missão, a Igreja entende como sendo o anúncio do Evangelho, ou kerygma. Porém, este anúncio assume formas diversas para a redenção completa do homem. O decreto Ad gentes, do Concílio Vaticano II, define missão como sendo as “iniciativas de apregoar o Evangelho pelo mundo inteiro e implantar uma comunidade cristã em todos os povos” (Cf. AG, n.º 6). Este decreto ainda divide a obra missionária em três etapas: o testemunho cristão, pregação do Evangelho e formação da comunidade cristã.
O testemunho cristão compreende não somente um modelo de vida exemplar do indivíduo, mas também e, fundamentalmente, o exercício da caridade por todo o povo e para Todo o povo. Seremos reconhecidos pelo amor. A prática do amor-caridade é uma base essencial na missão da Igreja. “Os fiéis trabalhem e colaborem com todos os outros na reta ordenação dos problemas econômicos e sociais (...). Tomem parte nos esforços dos povos que debelando a fome, a ignorância e a doença, se afadigam por melhorar as condições de vida e por assegurar a paz no mundo (AG, n.º 12).
A pregação do Evangelho está intrinsecamente ligada à conversão, onde o ser humano dá-se conta de seu pecado e também é introduzido e chamado a participar do mistério do amor de Deus (Cf. AG, n.º 13). Este outro pilar da missão se complementa com o anterior, uma vez que, naquele, pelo testemunho e caridade, o homem é elevado em sua dignidade social, neste, ele é elevado na dignidade espiritual, onde aqui ele passa a participar do mistério da liturgia e naquele, no mistério da humanidade.
O terceiro pilar da obra missionária é a formação da comunidade cristã. É preciso justamente nesta comunidade onde se realizam os momentos anteriores. Seja na sociedade civil, seja Igreja, o ser humano vive em comunidade. E toda a comunidade cristã (Igreja local, particular ou doméstica) deve ser geradora de vida para todos os que crêem em Cristo (Cf. AG, N.º 15).
Enfim, todos nós, batizados, somos chamados a ser missionários. Primeiramente como nossas vidas, testemunhando a nossa fé em Jesus Cristo e praticando a caridade. e toda esta ação deve estar iluminada pela Palavra de Deus, da qual todos devemos ser anunciadores. E, por fim, este anúncio de fé e de obras deve gerar uma comunidade cristã santa, que viva segundo o coração de Jesus.
FRANCISCO ELVIS RODRIGUES OLIVEIRA
Coordenador ministério de pregação
R.C.C. Fortaleza
"Ai de mim, se eu não evangelizar!" (I Cor 9, 16)

O Ano Paulino


Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo, como ele mesmo se intitula, será lembrado especialmente durante um ano, a partir do dia 28 de junho próximo. A decisão vem do Santo Padre, o Papa Bento XVI, com o objetivo de celebrar os dois mil anos de nascimento do primeiro grande missionário da fé cristã. Muitas atividades litúrgicas, acadêmicas, culturais e devocionais serão desenvolvidas em todas as partes do mundo cristão, com destaque para as celebrações na cidade de Roma, onde se encontra o túmulo do Apóstolo, na basílica São Paulo Fora dos Muros. O Sumo Pontífice associou a algumas destas celebrações a indulgência plenária aos fiéis que delas participarem. A celebração é ocasião propícia para um aprofundamento dos estudos da Palavra de Deus contida na Bíblia, da qual faz parte o chamado Corpus Paulinum, com treze cartas atribuídas ao Apóstolo dos Gentios.
Paulo, cujo nome na versão hebraica é Saulo, nasceu em Tarso, na Cilícia, hoje território da Turquia, entre os anos 7 e 10, segundo a grande maioria dos historiadores. Filho de pais judeus da diáspora, estudou em escola grega e por isso tinha como língua materna este idioma. Mas também foi formado em doutrina judaica, em Jerusalém, onde passou parte de sua juventude, na famosa escola do Rabino Gamaliel. Assim seria fluente também na língua aramaica. Era fariseu, homem culto, de espírito empreendedor, de uma têmpera singular em tudo o que fazia.
Inicialmente, ferrenho perseguidor dos cristãos, a partir de uma experiência mística, converte-se ao cristianismo no caminho de Damasco, para onde ia com cartas das autoridades para aprisionar cristãos. Ele mesmo afirma ter ouvido a voz de Cristo Ressuscitado, vinda do céu, que clamava: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. (At.9,1-22). A partir de então, torna-se intrépido apóstolo e missionário do Senhor.
São Paulo é considerado o primeiro teólogo do cristianismo, sendo seus textos, básicos para toda a teologia posterior. Foi o primeiro escritor da fé cristã, através de cartas que enviava às comunidades, a fim de ensinar, animar a fé, corrigir distorções doutrinais e reconduzir ao bom caminho os que moralmente claudicassem.
Com relação ao Corpus Paulinum do Novo Testamento, há, entre os exegetas, certas incertezas a respeito da autoria de algumas cartas, podendo ter sido escritas posteriormente por discípulos, fiéis à doutrina pregada por Paulo. É o caso das chamadas cartas pastorais, ou sejam I e II Timóteo e a carta a Tito. Grande parte dos autores atualmente inclui entre as dêutero-paulinas, também Efésios, Colossenses e a 2ª Tessalonicenses. Se isto for comprovado, todas estas teriam sido escritas após a morte de Paulo, acontecida por volta do ano 67. Pertencem ao grupo das proto-paulinas, ou seja, de comprovada autoria de Paulo, as demais, a saber, Romanos, Gálatas, 1ª Tessalonicenses, 1ª e 2ª Coríntios, Filipenses e Filêmon.
Sobre a datação das cartas de Paulo, a definição é sempre aproximativa. A mais antiga teria sido a 1ª Tessalonicenses, escrita da cidade de Corinto, por volta do ano 51. Depois viriam as cartas aos Coríntios, a primeira escrita da cidade de Éfeso, no ano 55 e a segunda enviada de alguma cidade da Macedônia, entre 55 e 57. Há suficiente certeza de que Paulo tenha escrito mais duas cartas aos coríntios, que até o momento se encontram desaparecidas. A carta aos Gálatas teria sido escrita entre 55 e 60, embora alguns afirmem que possa ter sido esta a primeira carta escrita por Paulo. A carta aos Romanos provavelmente teria sido redigida no ano 57, na cidade de Corinto, endereçada aos cristãos da capital do Império. A carta aos Filipenses é datada entre 53 a 58.
Até anos atrás, se considerava também a chamada carta aos Hebreus como possivelmente de Paulo. Hoje nenhum autor afirma mais isto e comumente se diz que não se trata propriamente de uma carta, mas de um texto catequético em defesa da fé.
Sobre a vida e a ação missionária de Paulo, nos dá muitas informações também o livro dos Atos dos Apóstolos, escrito por Lucas, provavelmente entre os anos 61 e 63, ou mais tardiamente. Tal livro termina a narração abruptamente e não se refere à condenação de Paulo à morte, o que dá idéia de ser um livro inacabado, redigido antes do seu martírio.
A celebração do Ano Paulino, cuja abertura será dia 28 de junho corrente e término em 29 de junho de 2009, tem como principal objetivo a evangelização. Todos estamos em processo de evangelização contínua, católicos e não católicos, e somos chamados a comunicar o evangelho de Cristo, morto e ressuscitado, aos que ainda não crêem e aprofundá-lo no coração dos que já crêem.
Talvez, a palavra mais incisiva para a vivência deste ano jubilar, seja a de Paulo aos Coríntios:

«Ai de mim, se eu não evangelizar!» (1 Cor 9,16).

Dom Gil Antônio Moreira
(Bispo de Jundiaí)

Fonte: http://sol.sapo.pt/blogs/PAZ/default.aspx