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sábado, 13 de junho de 2015

SOU ATEU... MAS SOU CRISTÃO

Deus não cansa mesmo de nos surpreender e de nos falar mesmo pelos meios mais improváveis ou inesperados.

Durante uma das aulas do mestrado, em uma leitura de um texto do filósofo alemão Immanuel Kant, acerca das possíveis provas da existência de Deus (ontológica, cosmológica, físico-teológica), o teor das discussões acabou tomando este viés religioso.

A certa altura, o professor – declaradamente ateu – fez um comentário elogioso sobre o Cristianismo e sobre a Igreja, destacando sua importância para a cultura e formação do pensamento ocidental, ao que os alunos, surpresos, perguntaram: “Mas o senhor não é ateu?”.

O professor confirmou sua posição: “Sim, sou ateu... mas sou cristão!”.

Ninguém entendeu nada e ele continuou: “Eu não acredito em Deus, não acredito na Igreja, não acredito na Bíblia, muito menos em Jesus Cristo. Mas não posso não me dizer cristão. Por exemplo, se você me sugerir para me vingar de alguém que me fez muito mal e que deveria, portanto, matar essa pessoa, eu não o farei. Isso é cristianismo! Quando cometo um erro eu sinto culpa, remorso, arrependimento. Isso é cristianismo! 
Eu dou esmola. Se alguém bate a minha porta pedindo um prato de comida e tenho como ajudar, eu dou. Isso é cristianismo! Se alguém querido me ofende ou magoa, mas depois se desculpa e mostra arrependimento, eu perdoo. Isso é cristianismo! Se tivéssemos sido dominados pela cultura grega ou muçulmana, por exemplo, esses conceitos seriam  estranhos a nós. Então, não tenho como fugir do cristianismo, mesmo eu sendo ateu. O cristianismo é uma realidade antropológica. Por isso, sou ateu... Mas sou cristão”.

Francisco Elvis Rodrigues Oliveira
(elvisroliveira@hotmail.com)

quinta-feira, 11 de junho de 2015

15 tipos de homilias ruins que poderiam ser evitadas (os fieis agradecerão)

Por Pe. Antonio Rivero, LC

Como é difícil fazer uma boa homilia! Qual seria a melhor forma de fazê-la? O que parece que está claro é o que não se deve fazer. Eis aqui alguns exemplos:

1) Homilia improvisada: é aquela que o sacerdote prepara quando já está vestindo a alva, cíngulo, a estola e a casula para a santa missa.
2) Homilia livresca: homilia com gosto de livro e escritório; homilia acadêmica, marmórea, mas carente de coração e do conhecimento dos ouvintes.
3) Homilia arqueológica: homilia onde o pregador quer sempre realizar incursões em detalhes secundários sobre os fariseus, essênios, dracmas, estádios, hora sexta, átrio, poço, mas não explica a mensagem de Deus, apenas curiosidades periféricas.
4) Homilia romântica: aquela que quer arrancar lágrimas, sorrisos e açúcar do ouvinte, à custa de exclamações, interjeições, gritos, linguagem paternalista com adjetivos ternos, diminutivos ou aumentativos.
5) Homilia demagógica: baseada em palavras e mais palavras para ficar bem com o público, trai tanto a mensagem evangélica como o destinatário, agradando ou apequenando, desfigurando e distorcendo a doutrina de Cristo.
6) Homilia literária: mais que uma pregação sagrada é um exercício literário ou poético.
7) Homilia antológica: a homilia torna-se uma oportunidade para lembrar e trazer à tona todas as frases, sentenças, textos, poesias, definições que o pregador aprendeu de memória ou que tinha em seus arquivos.
8) Homilia molusco: invertebrada, melosa, gelatina escorregadia, sem argumento, sem conteúdo, sem tema. Não termina um tópico e já começa outro.
9) Homilia tijolo: apenas ideias sem relação com a vida dos ouvintes. A homilia precisa chegar, por assim dizer, até a cozinha da dona de casa, ao local de trabalho do bom pai de família, até a escrivaninha do estudante... esta homilia-tijolo não chega.
10) Homilia espaguete: se enrola toda sobre o mesmo assunto, cansando os ouvintes e fazendo-os bocejar.
11) Homilia workshop: aborda muitos assuntos sem especificar nenhum.
12) Homilia repetição do Evangelho: não sabe extrair uma mensagem desse Evangelho para os seus ouvintes, a única coisa que faz é repetir o que já leu no Evangelho. Será possível que o pregador seja incapaz de preparar uma pregação saborosa com apenas uma ideia bem expressada? Ou ouvinte não é bobo, por favor!
13) Homilia técnica: usar todo tempo uma linguagem teológica que as pessoas não entendem (metanoia, kénosis, anáfora, parusia, epifânico, pneumático, mistagogo, escatologia, transubstanciação...). A homilia não é uma aula de teologia, mas uma conversa cordial com seus ouvintes e paroquianos.
14) Homilia “das ruas”: o pregador salpica, todo tempo, sua fala com gíria vulgar e grosseira. Desse modo, rebaixa-se a Palavra de Deus, a dignidade do profeta e a dignidade dos fiéis que São Paulo chama de “santos do Senhor”. O pregador não deve nunca se rebaixar, pois está falando em nome de Cristo e da Igreja.
15) Homilia do mau piloto: o pregador não sabe decolar nem aterrissar, dá voltas e mais voltas e nunca termina. “E para terminar...”. E volta a subir às nuvens... “E, finalmente, para terminar...”. E volta a subir. Termine e pronto, por favor!

No vídeo abaixo, Mr. Bean "sofre" em uma homilia ruim neste filme clássico... embora, talvez, ele tenha merecido!