segunda-feira, 15 de junho de 2015
sábado, 13 de junho de 2015
SOU ATEU... MAS SOU CRISTÃO
Deus não cansa mesmo de nos surpreender e
de nos falar mesmo pelos meios mais improváveis ou inesperados.
Durante uma das aulas do mestrado, em uma
leitura de um texto do filósofo alemão Immanuel Kant, acerca das possíveis
provas da existência de Deus (ontológica, cosmológica, físico-teológica), o
teor das discussões acabou tomando este viés religioso.
A certa altura, o professor –
declaradamente ateu – fez um comentário elogioso sobre o Cristianismo e sobre a
Igreja, destacando sua importância para a cultura e formação do pensamento ocidental,
ao que os alunos, surpresos, perguntaram: “Mas
o senhor não é ateu?”.
O professor confirmou sua posição: “Sim, sou ateu... mas sou cristão!”.
Ninguém entendeu nada e ele continuou: “Eu não acredito em Deus, não acredito na
Igreja, não acredito na Bíblia, muito menos em Jesus Cristo. Mas não posso não
me dizer cristão. Por exemplo, se você me sugerir para me vingar de alguém que
me fez muito mal e que deveria, portanto, matar essa pessoa, eu não o farei. Isso
é cristianismo! Quando cometo um erro eu sinto culpa, remorso, arrependimento. Isso
é cristianismo!
Eu dou esmola. Se alguém bate a minha porta pedindo um prato de
comida e tenho como ajudar, eu dou. Isso é cristianismo! Se alguém querido me
ofende ou magoa, mas depois se desculpa e mostra arrependimento, eu perdoo. Isso
é cristianismo! Se tivéssemos sido dominados pela cultura grega ou muçulmana,
por exemplo, esses conceitos seriam estranhos a nós. Então, não tenho como
fugir do cristianismo, mesmo eu sendo ateu. O cristianismo é uma realidade
antropológica. Por isso, sou ateu... Mas sou cristão”.
Francisco Elvis Rodrigues Oliveira
(elvisroliveira@hotmail.com)
quinta-feira, 11 de junho de 2015
15 tipos de homilias ruins que poderiam ser evitadas (os fieis agradecerão)
Por Pe. Antonio Rivero, LC
Como é difícil fazer uma boa homilia! Qual seria a melhor forma de fazê-la? O que parece que está claro é o que não se
deve fazer. Eis aqui alguns exemplos:
1) Homilia improvisada: é aquela que o
sacerdote prepara quando já está vestindo a alva, cíngulo, a estola e a casula
para a santa missa.
2) Homilia livresca: homilia com gosto de
livro e escritório; homilia acadêmica, marmórea, mas carente de coração e do
conhecimento dos ouvintes.
3) Homilia arqueológica: homilia onde o
pregador quer sempre realizar incursões em detalhes secundários sobre os
fariseus, essênios, dracmas, estádios, hora sexta, átrio, poço, mas não explica
a mensagem de Deus, apenas curiosidades periféricas.
4) Homilia romântica: aquela que quer
arrancar lágrimas, sorrisos e açúcar do ouvinte, à custa de exclamações,
interjeições, gritos, linguagem paternalista com adjetivos ternos, diminutivos
ou aumentativos.
5) Homilia demagógica: baseada em palavras
e mais palavras para ficar bem com o público, trai tanto a mensagem evangélica
como o destinatário, agradando ou apequenando, desfigurando e distorcendo a
doutrina de Cristo.
6) Homilia literária: mais que uma
pregação sagrada é um exercício literário ou poético.
7) Homilia antológica: a homilia torna-se
uma oportunidade para lembrar e trazer à tona todas as frases, sentenças,
textos, poesias, definições que o pregador aprendeu de memória ou que tinha em
seus arquivos.
8) Homilia molusco: invertebrada, melosa,
gelatina escorregadia, sem argumento, sem conteúdo, sem tema. Não termina um
tópico e já começa outro.
9) Homilia tijolo: apenas ideias sem
relação com a vida dos ouvintes. A homilia precisa chegar, por assim dizer, até
a cozinha da dona de casa, ao local de trabalho do bom pai de família, até a
escrivaninha do estudante... esta homilia-tijolo não chega.
10) Homilia espaguete: se enrola toda
sobre o mesmo assunto, cansando os ouvintes e fazendo-os bocejar.
11) Homilia workshop: aborda muitos
assuntos sem especificar nenhum.
12) Homilia repetição do Evangelho: não
sabe extrair uma mensagem desse Evangelho para os seus ouvintes, a única coisa
que faz é repetir o que já leu no Evangelho. Será possível que o pregador seja
incapaz de preparar uma pregação saborosa com apenas uma ideia bem expressada?
Ou ouvinte não é bobo, por favor!
13) Homilia técnica: usar todo tempo uma
linguagem teológica que as pessoas não entendem (metanoia, kénosis, anáfora, parusia, epifânico, pneumático, mistagogo, escatologia,
transubstanciação...). A homilia não é uma aula de teologia, mas uma
conversa cordial com seus ouvintes e paroquianos.
14) Homilia “das ruas”: o pregador
salpica, todo tempo, sua fala com gíria vulgar e grosseira. Desse modo,
rebaixa-se a Palavra de Deus, a dignidade do profeta e a dignidade dos fiéis
que São Paulo chama de “santos do Senhor”. O pregador não deve nunca se
rebaixar, pois está falando em nome de Cristo e da Igreja.
15) Homilia do mau piloto: o pregador não
sabe decolar nem aterrissar, dá voltas e mais voltas e nunca termina. “E para
terminar...”. E volta a subir às nuvens... “E, finalmente, para terminar...”. E
volta a subir. Termine e pronto, por favor!
No
vídeo abaixo, Mr. Bean "sofre" em uma homilia ruim neste filme clássico... embora, talvez, ele tenha merecido!
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